Nísia Trindade passa o bastão para Alexandre Padilha na Saúde e revela ter sido alvo de ataques misóginos durante sua gestão.
Em um discurso emocionante durante a cerimônia de posse dos novos ministros do governo Lula no Palácio do Planalto, a agora ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, expôs que enfrentou uma série de ataques misóginos ao longo de seus 26 meses à frente do ministério. Nísia foi substituída por Alexandre Padilha, ex-ministro de Relações Institucionais.
Em seu discurso, Nísia compartilhou: “Ainda que me sinta grata por ter feito parte da equipe do presidente Lula e por ter servido à pátria, não posso ignorar que fui alvo de uma campanha constante e misógina para desvalorizar meu trabalho, competência e integridade nos últimos 25 meses como ministra. Esse tipo de comportamento político não pode e não deve ser aceito como algo natural”, afirmou a ex-ministra.
A cerimônia no Palácio do Planalto para a posse dos ministros Alexandre Padilha e Gleisi Hoffmann contou com a presença do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, da Câmara, Hugo Motta, além do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, vários ministros, parlamentares e membros do governo.
Em seu discurso, a ex-ministra destacou diversos programas mantidos pela pasta durante sua gestão, ressaltando que encontrou o Ministério da Saúde desestruturado e desacreditado após o governo Bolsonaro, especialmente após o período crítico da pandemia de Covid-19.
Nísia Trindade enfatizou: “Ao assumir, após o término do mandato de Lula, nos deparamos com mais de 4,5 mil unidades de saúde aguardando credenciamento e mais de 4 mil obras paralisadas. Tivemos que reconstruir após a terrível experiência das 700 mil mortes por Covid no governo anterior.”
A ex-ministra também defendeu a urgência de mudanças na condução política do país, propondo a construção de uma nova abordagem baseada em respeito e diálogo para melhorar a qualidade de vida da população. Ela agradeceu ao presidente Lula por apoiar seu trabalho à frente do ministério.
Ao encerrar seu discurso, Nísia Trindade desejou sucesso a Alexandre Padilha, recém-empossado. “Acredito que o legado que deixo seja a reconstrução do SUS e da capacidade de gestão do Ministério da Saúde. Sinto orgulho em dizer que fui ministra do SUS”, concluiu Nísia, sendo calorosamente aplaudida e recebendo um abraço afetuoso da primeira-dama, Janja.
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