A inesperada reação da diplomacia israelense diante da nota emitida pelo governo brasileiro sobre a morte de um cidadão brasileiro surpreendeu. O comunicado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que exigia explicações das autoridades israelenses, pegou Israel de surpresa.
Um jovem brasileiro faleceu em uma prisão israelense depois de ser detido em setembro de 2024. Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, foi encontrado sem vida no centro de detenção de Megido, em Israel. As circunstâncias de sua morte, assim como os motivos de sua prisão, ainda não foram esclarecidos.
Fontes diplomáticas afirmaram ao Metrópoles que a mudança de tom na comunicação entre Brasil e Israel foi notável. Anteriormente, as discussões sobre o assunto haviam sido tratadas de forma mais cordial, diferente do tom adotado pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro, considerado “pesado” pelos israelenses. O principal ponto de atrito entre Brasília e Tel Aviv diz respeito aos posicionamentos do presidente Lula, interpretados por Israel como favoráveis ao grupo extremista Hamas.
O governo brasileiro expressou consternação com a morte de Ahmad e solicitou esclarecimentos sobre o incidente, além de acusar Israel de manter 11 brasileiros detidos no país, a maioria sem acusações formais nem julgamento. A Embaixada de Israel no Brasil afirmou que se pronunciará sobre o caso após a conclusão das investigações.
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