Novas medidas do Imposto de Renda proporcionam alívio financeiro para o governo e abrem espaço para investimentos
A proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para indivíduos que ganham até R$ 5 mil mensais surge como uma estratégia para o governo enfrentar a pressão por cortes nos gastos públicos. Ainda sujeita à aprovação do Congresso, a medida, popular entre a população, visa compensar a ampliação da isenção com a tributação dos mais abastados, que poderão ser contemplados com um imposto mínimo de até 10% para quem aufere mais de R$ 50 mil mensais.
Detalhes sobre a isenção do IR
- Sob a proposta atual, aqueles com rendimentos de até R$ 2.824 mensais estão isentos da declaração do IR, um patamar que se propõe elevar para R$ 5 mil. Dessa forma, trabalhadores dentro dessa faixa de renda não terão descontos em seus salários.
- Beneficiando também indivíduos com ganhos de até R$ 7 mil, a iniciativa implicará em descontos progressivos para salários entre R$ 5,5 mil e R$ 7 mil. Anunciada pelo ministro da Fazenda, a medida, no entanto, aguarda aprovação no Congresso.
- Com um impacto de cerca de R$ 26 bilhões nos cofres públicos, a proposta será compensada pelo aumento da tributação para rendas acima de R$ 50 mil mensais, atingindo 141,4 mil pessoas, ou seja, 0,13% de todos os contribuintes nacionais.
- A mudança não afetará salários, honorários ou aluguéis já tributados na fonte, aplicando-se somente a rendimentos isentos, como os dividendos empresariais.
A ampliação da faixa de isenção acarretará em uma perda de arrecadação para a União, compensada pelo aumento da tributação das altas rendas, conforme planejado para o ano de 2026. O valor excedente arrecadado será devolvido aos contribuintes do ajuste anual do imposto retido na fonte sobre dividendos.
Lula e Haddad afirmam categoricamente que a proposta não acarretará aumento da carga tributária, focando em reparar distorções e promover maior equidade social. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reforça a busca pelo equilíbrio fiscal, destacando a complexidade do cenário econômico nacional.
Temos garantias jurídicas e políticas para que a gente tenha a devida compensação, o devido equilíbrio”, argumentou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. “Não estamos buscando superávit primário com essa medida, o que nós estamos buscando é mostrar os números e atingir a neutralidade, o que não é simples de fazer no Brasil”, prosseguiu.
A iniciativa, uma promessa de campanha, é vista como um dos pilares para a retomada da popularidade de Lula e como meio de equilibrar as contas públicas, evitando novos cortes drásticos e impulsionando investimentos em um cenário eleitoral.
A nova abordagem, equilibrando a arrecadação e as isenções, contribui para um ambiente mais promissor em 2026 e 2027, gerando impactos positivos nas finanças públicas e no equilíbrio econômico do país.
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