O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) participou de um jantar em Brasília na noite da terça-feira (25/3), logo após o primeiro dia de julgamento da denúncia contra ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF. O encontro, realizado na residência do líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), em uma área nobre da capital federal, reuniu Ciro e um grupo de deputados do seu partido.
O convite para o jantar partiu da bancada petista, com o intuito de discutir a conjuntura política e a situação econômica do governo Lula, que foi descrita por Ciro como preocupante. Durante o encontro, os parlamentares questionaram Ciro sobre a possibilidade de se candidatar à Presidência nas eleições de 2026, apesar de parte dos deputados pedetistas defender que o partido não deveria apoiar a eventual reeleição de Lula.
Apesar do PDT fazer parte da base aliada de Lula, os parlamentares lembraram a importância do desempenho de Ciro Gomes nas pesquisas de intenção de voto, sendo o único nome do partido com boa pontuação. Mesmo assim, Ciro negou aos deputados a intenção de se candidatar em 2026, levando alguns a acreditarem que ele ainda pode mudar de ideia.
Por outro lado, o presidente nacional do PDT e ministro da Previdência do governo, Carlos Lupi, não compareceu ao jantar, justificando que estava ocupado com o trabalho. Mesmo ausente, Lupi ligou para Ciro para explicar sua ausência. Ciro partiu de Brasília na manhã seguinte ao encontro.
Além disso, Lupi criticou Ciro e seus aliados no Ceará nas eleições de 2024 pelo apoio ao candidato bolsonarista à Prefeitura de Fortaleza, o deputado federal André Fernandes (PL), destacando uma “direita ultrapassada e raivosa”. Também vale ressaltar que a deputada Duda Salabert (PDT-MG) não compareceu ao jantar devido a desentendimentos anteriores com Ciro, após o ex-ministro questionar seu potencial para concorrer à prefeitura.
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