O senador Otto Alencar (PSD-BA) recentemente se manifestou em favor de uma proposta para reformar o sistema eleitoral brasileiro, preconizando um mandato de cinco anos para presidentes, governadores e prefeitos, em detrimento das eleições a cada dois anos.
Atuante como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, Alencar expressou sua convicção de que finalmente poderá impulsionar a aprovação dessa medida.
“Tenho buscado há bastante tempo aprovar essa proposta sem sucesso. Entretanto, agora, como líder da CCJ, acredito que conseguiremos, ao menos no Senado, aprovar essa modificação benéfica para o Brasil”, afirmou Otto Alencar.
O senador ressaltou que o atual modelo de eleições de dois em dois anos é insustentável e danoso para o país. Ele enfatizou que o Brasil está imerso em um ciclo constante de eleições, ocasionando despesas elevadas com fundos eleitorais e outros custos administrativos.
“Em 2022 tivemos eleições para governadores, em 2024 teremos outra rodada, seguida por mais uma em 2026. São três pleitos em quatro anos, o que acarreta em três fundos eleitorais de 5 bilhões de reais. Isso poderia ser evitado, direcionando esses recursos para áreas essenciais como educação e infraestrutura”, explicou.
Alencar defende que o mandato de cinco anos já se mostrou eficiente e benéfico, fazendo referência a Juscelino Kubitschek, que governou o Brasil entre 1956 e 1961. “JK fez 50 anos em 5 anos. Ele fundou a Sudene, realizou obras emblemáticas como a construção de Brasília e a rodovia Belém-Brasília, e explorou o país. Se ele conseguiu, outros líderes também podem alcançar o mesmo feito”, destacou o senador.
No âmbito político, Alencar abordou as relações entre o PSD e outros partidos, e sua postura em relação às alianças eleitorais. Ele explicou que, embora haja alinhamento do partido com o governo federal e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Bahia, a decisão política sobre apoio em 2026 será tomada no futuro.
“Nossa afinidade aqui na Bahia é com o presidente Lula e o governador Jerônimo. Em outros estados, como no Paraná, o PSD adota uma postura diferente, apoiando o governador Ratinho. Esses laços pessoais, como os que mantenho com Kassab há 35 anos, não se confundem com decisões políticas, as quais serão tomadas em 2026”, esclareceu Alencar.
O senador reforçou seu compromisso em manter o apoio à aliança com o governo baiano, destacando o progresso do estado nos últimos anos e a importância de dar continuidade a esse ritmo de avanço.
“Defenderei firmemente a continuidade dessa parceria na Bahia. O estado já avançou bastante e precisa prosseguir nessa trajetória de desenvolvimento. Acredito que este seja o melhor caminho para todos nós”, concluiu Otto Alencar.
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