O líder religioso acusado de liderar organização criminosa que extorquia comerciantes em Cuiabá, Pastor Ulisses Batista, da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus Coração de Deus, localizada no bairro Pedra 90, na capital mato-grossense, está sendo procurado pela polícia após ser apontado como mentor de um esquema de extorsão contra vendedores de água mineral. A operação policial intitulada Falso Profeta foi deflagrada com o intuito de desmantelar as atividades do grupo e revelou que os comerciantes eram coagidos a comprar exclusivamente da facção, pagando ilegalmente uma taxa de R$ 1 por galão vendido. Aqueles que se recusavam eram ameaçados, evidenciando a pressão exercida pela quadrilha.
As investigações apontaram que o grupo atuava de maneira organizada, utilizando um grupo de WhatsApp para monitorar e intimidar suas vítimas. Inicialmente, as conversas eram cordiais, mas descumpri-las resultava em intimidações e imposições financeiras coercitivas. Aqueles que tentavam deixar o grupo eram ameaçados com visitas pessoais, aumentando o controle e a pressão sobre o setor de distribuição de água mineral.
Paralelamente à extorsão, as autoridades também investigam possíveis atividades de lavagem de dinheiro, um dos braços da organização criminosa. A fuga do Pastor Ulisses Batista para o Rio de Janeiro levanta suspeitas de que ele possa contar com apoio de outras células da facção para se manter oculto.
Enquanto as autoridades continuam em busca do pastor, outros envolvidos estão sendo interrogados. A operação é considerada um avanço significativo no combate às atividades criminosas organizadas em Mato Grosso, especialmente aquelas que infiltram-se em setores comerciais visando lucros ilícitos.
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