Paulo Azi impõe seu estilo na CCJ, acalma a oposição e garante aprovação de 57 projetos na primeira reunião

Publicado:

O novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Paulo Azi, alcançou uma significativa vitória logo em sua primeira reunião à frente do colegiado. Com um estilo conciliador, conseguiu dissipar conflitos políticos, persuadiu a oposição a suspender a obstrução das pautas e, por meio de um acordo, viu a comissão aprovar 57 projetos em apenas uma hora de sessão.

Dentre os projetos aprovados, estavam propostas do governo, da oposição e de senadores independentes, todos beneficiados com uma votação praticamente unânime e simbólica dos assuntos que estavam pendentes desde o ano anterior na agenda da CCJ.

No início da reunião, o deputado Paulo Azi anunciou que havia chegado a um entendimento com parlamentares opositores, que inicialmente pretendiam obstruir os trabalhos do colegiado. Os oposicionistas justificaram tal obstrução como um protesto contra o que consideraram um julgamento injusto e ilegal dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nesta terça-feira (25), o presidente da CCJ reuniu os líderes partidários para elaborar uma pauta consensual com projetos menos controversos e, após negociar com todos os partidos, apresentou o acordo à oposição, representada pelo deputado Maurício Marcon (Podemos-RS), que recuou e desistiu da obstrução.

“Esta Presidência dialogou com o deputado, esclarecendo os objetivos desta reunião. Toda a pauta apresentada foi resultado de um consenso, por isso fiz um apelo a S.Exa. para que retirasse a proposta de obstrução”, explicou Paulo Azi, que seguiu com a votação dos projetos.

Embora tenham aceitado a votação das propostas, diversos deputados da oposição fizeram discursos criticando os julgamentos do Supremo Tribunal Federal realizados na semana. Outros parlamentares, como José Rocha (União-BA) e Lídice da Mata (PSB-BA), salientaram que a CCJ é uma comissão de constitucionalidade e não de mérito dos projetos, enfatizando que aquele não era o espaço apropriado para debates sobre os julgamentos.

“Assumo pela primeira vez meu assento nesta Comissão após 32 anos nesta Casa, venho para contribuir e defender a Constituição, a democracia, todos nós. A defesa da democracia não é de um único partido, não é do PT, não é do PCdoB, não é do MDB. A defesa da democracia é um dever de todos os parlamentares, independentemente do partido. Esta deve ser nossa defesa. Portanto, devemos adotar uma postura de conciliação e não de confronto”, afirmou o deputado José Rocha.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Ex de Preta Gil, Caio Blat emociona ao se despedir da cantora

Em um ato de amor e saudade, Caio Blat, ex-companheiro de Preta Gil, usou as redes sociais para se despedir da cantora, que...

Homem é morto com tiros na cabeça e mulher fica ferida em ataque em Itabela

Na tarde deste domingo (20), o bairro Ventania, em Itabela, foi palco de um ataque violento. Um homem, identificado como Rodrigo dos Santos...

Equipe de Gilberto Gil publica nota sobre falecimento de Preta Gil

Na noite deste domingo (20), a equipe de Gilberto Gil fez um anúncio comovente nas redes sociais: a triste notícia do falecimento de...