Pessoas transgêneros serão dispensadas do Exército dos EUA

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O governo de Donald Trump anunciou através de um memorando publicado recentemente que as pessoas transgêneros não serão mais autorizadas a servirem no Exército dos Estados Unidos, e ainda determinou a dispensa daqueles que já estão em serviço ativo.

Essa nova política representa uma mudança drástica em relação ao governo anterior, liderado pelo democrata Joe Biden, que tinha como princípio a não discriminação com base na identidade de gênero.

O documento estabelece que os militares com disforia de gênero devem ser identificados pelos secretários das diferentes filiais em um prazo de 30 dias, seguido pela “iniciação de ações de separação” dentro de mais 30 dias.

Os membros afetados serão dispensados honrosamente, desde que atendam aos requisitos normais e estejam qualificados para o pagamento de separação involuntária. Para aqueles que optarem por sair voluntariamente, estarão aptos a receber o dobro do pagamento de separação voluntária.

Essa decisão veio à tona após uma ação judicial movida por grupos de direitos LGBTQ+ contra uma ordem executiva assinada por Trump no último mês, que considerava as restrições médicas e cirúrgicas para indivíduos com disforia de gênero como incompatíveis com os altos padrões esperados das tropas americanas.

O novo memorando vai além ao afirmar que os membros atuais do serviço serão removidos se forem declaradamente transgêneros. No entanto, há a possibilidade de haver exceções para aqueles que apoiam diretamente as capacidades de combate, caso o governo julgue necessário.

Defesa da Constituição

Em 2016, durante o governo de Barack Obama, as pessoas abertamente transgêneros receberam permissão para servir no Exército, após anos de consideração anteriormente inapta para o serviço militar.

Embora não haja dados oficiais sobre o número exato de pessoas transgêneros nas Forças Armadas dos EUA, defensores desse grupo estimam em cerca de 15 mil, correspondendo a menos de 1% do total de militares ativos, reservistas e da Guarda Nacional.

O grupo de direitos para tropas transgêneros Sparta Pride declarou: “Nenhuma política conseguirá apagar a contribuição dos americanos transgêneros para a história, a guerra ou a excelência militar. Os membros transgêneros das Forças Armadas têm uma determinação única e continuarão a defender a constituição e os valores americanos, independente dos desafios que possam surgir.”

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