A Polícia Federal aponta falhas da plataforma X em bloqueio de perfis, permitindo transmissões ao vivo e pagamentos a perfis bloqueados.
Um relatório da Polícia Federal acusou a rede social X de não cumprir adequadamente o bloqueio de perfis determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. De acordo com a PF, a plataforma permitiu transmissões ao vivo e divulgação de links que possibilitaram o financiamento de comunicadores bolsonaristas, como Allan dos Santos, mesmo após a decisão judicial.
O documento, elaborado pelo delegado Fabio Shor, analisa argumentos apresentados pelo X, de Elon Musk, em resposta a investigações sobre as falhas detectadas. Conforme a PF, a plataforma X teria mentido ao afirmar que as transmissões ao vivo em perfis bloqueados estavam hospedadas em outras plataformas.
A investigação constatou que, mesmo com os perfis bloqueados, a transmissão ao vivo era viabilizada pela plataforma X. Além disso, a PF identificou a divulgação de links para pagamentos em Bitcoin. A corporação ressaltou que mesmo diante das ordens judiciais, a plataforma permitiu a exibição de conteúdo e a arrecadação de doações para os comunicadores afetados.
A conclusão do relatório da Polícia Federal destaca que o X facilitou a transmissão ao vivo e permitiu ações que contrariam as decisões judiciais, possibilitando o apoio financeiro aos comunicadores bloqueados. A PF destaca que os problemas levantados durante as investigações comprometem a eficácia das medidas judiciais aplicadas.
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