O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 3,4% em 2024, superando as projeções iniciais que previam entre 1,5% e 2%. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços e varejo, que cresceram 3,7%, e pela indústria, com alta de 3,3%. No entanto, a agropecuária apresentou uma queda de 3,2% em decorrência de problemas climáticos, especialmente as enchentes no Rio Grande do Sul.
Ao longo do ano, apesar do crescimento anual acima de 3,0%, o último trimestre mostrou uma desaceleração econômica, com elevação de apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior, abaixo das projeções de mercado. Esse cenário é resultado de influências como a alta da taxa Selic, inflação, valor do dólar e aumento da inadimplência, gerando incertezas sobre o futuro da economia.
Diante desse panorama, há indícios de que o governo buscará estimular a economia, provavelmente aumentando os gastos públicos, especialmente em um ano eleitoral como 2026. No entanto, essa estratégia pode acarretar em mais inflação, uma vez que o crescimento seria impulsionado artificialmente, trazendo à memória a política adotada nos primeiros anos do governo Lula, que resultou em crescimento econômico, porém com problemas fiscais e inflacionários.
Esse tipo de crescimento, baseado em incentivos governamentais para estimular a demanda, pode gerar uma situação insustentável, com a economia operando acima de seu potencial real, elevando os índices de inflação. Essa é a conhecida metáfora do “voo de galinha”, caracterizado por um crescimento efêmero e não duradouro.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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