Em uma entrevista à Folha de S.Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro expressou sua preocupação com a possibilidade de prisão, considerando-a como o término de sua trajetória devido à avançada idade de 70 anos. Após se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente liderar ações para evitar a posse do presidente Lula, Bolsonaro enfrenta acusações que implicam em penas que totalizam mais de 40 anos de prisão.
Apesar de admitir ter discutido cenários previstos na Constituição, como estado de sítio e estado de defesa, e ter mencionado o artigo 142, Bolsonaro enfatizou que tais possibilidades foram rapidamente descartadas. Ele esclareceu que essas conversas surgiram devido à sua surpresa com a derrota eleitoral, mas negou veementemente qualquer intenção golpista. De acordo com suas palavras, “Se alguém planeja um golpe, substitui-se o ministro da Defesa, o comandante de Força. Isso nem passou pela minha cabeça”.
Em relação à delação do ex-ajudante Mauro Cid, Bolsonaro refutou a acusação de solicitação de falsificação de cartão de vacinação, ressaltando que tal denúncia foi arquivada pela Procuradoria-Geral da República. Ele argumentou que a delação de Cid carece de provas e criticou as investigações por falta de fundamentação. O ex-presidente questionou a ausência de evidências que fundamentassem tais acusações, indagando: “Onde está a minha transgressão? Em que momento cometi algum delito?”.
Além disso, Bolsonaro descartou a possibilidade de buscar asilo político, afirmando confiar na aplicação justa da lei, conforme estabelecido pela Constituição. Ele reiterou sua decisão de não apoiar iniciativas de anistia relacionadas a seu nome, enfatizando seu compromisso com o país mesmo diante das adversidades.
Diante dessas declarações, percebe-se um cenário de tensão política em meio a acusações e negações, refletindo a complexidade do atual panorama brasileiro.
Comentários Facebook