Apesar do aumento da produção de café na Bahia, o preço do produto não deve cair, de acordo com os produtores locais. O café, considerado um dos principais produtos de exportação do estado, ao lado da soja, permanecerá com valores elevados devido à sua natureza como commoditie.
Os produtores Rodolfo Moreno, da Coopiatã, e Yuri Mares Barros, da JC Corretagem de Café, estimam que os preços continuarão em ascensão, refletindo a sazonalidade da produção e os impactos das mudanças climáticas globais. Barros, em especial, ressalta que a bienalidade do café, somada aos efeitos climáticos atípicos, contribuirão para um mercado ainda mais aquecido.
Moreno destaca a incerteza em relação à safra atual, mencionando que fatores como granizo em Minas Gerais e instabilidades climáticas em outras regiões produtoras podem afetar a oferta mundial. A qualidade do café da região da Chapada Diamantina, conhecido por ser colhido manualmente e possuir alta qualidade, também impulsiona a valorização do produto no mercado.
Embora o governo tenha zerado o imposto de importação do café, os produtores não acreditam que essa medida influenciará significativamente os preços locais. Segundo eles, a abertura para importação não afetaria a política de preços estabelecida pelas grandes indústrias do setor. No estado, as principais regiões produtoras de café são a Chapada Diamantina, Sudoeste, Extremo Oeste e Extremo Sul.
Ao enfrentar os desafios das mudanças climáticas, como alterações nos padrões de chuva e colheita antecipada em algumas regiões, os produtores enfatizam a importância de se adaptar a essas novas realidades. Eles destacam a necessidade de reconhecer e lidar com os impactos das mudanças climáticas, que já afetam diretamente a produção de café, influenciando diretamente nos preços do produto. No atual cenário, a produção e os valores do café na Bahia estão intrinsecamente ligados às condições climáticas futuras.
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