São Paulo — Um depoimento polêmico do promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MPSP) Rogerio Filocomo a favor do empresário Murilo Miyazaki, acusado de racismo, gerou controvérsias. Filocomo, amigo próximo de Miyazaki, testemunhou à Polícia Civil do Rio de Janeiro, afirmando não ter presenciado xingamentos racistas ou homofóbicos por parte do empresário.
Miyazaki e Filocomo são amigos de um clube de campo e estavam juntos em uma excursão para o Rio Open no Jockey Clube, na Gávea, Rio de Janeiro, onde o empresário foi expulso do evento após um desentendimento com funcionários e seguranças. Uma acusação de racismo foi feita por um segurança, alegando que Miyazaki o teria chamado de “macaco”.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), Filocomo estava presente no momento do incidente e teria sido solicitado pelo segurança para acalmar Miyazaki, que estaria perturbando uma partida de tênis. Após uma conversa entre Filocomo e Miyazaki, o empresário teria proferido xingamentos contra o segurança, como registrado em vídeos posteriores ao ocorrido.
No entanto, em seu depoimento à polícia, o promotor alegou ter jogado tênis e bebido com Miyazaki antes do episódio. Relatou que o empresário, alcoolizado, começou a criticar a organização do torneio e, ao decidir ir embora, foi abordado pelos seguranças. Filocomo declarou não ter presenciado as injúrias raciais alegadas pelos seguranças, mesmo diante das evidências em vídeo.
A defesa de Murilo Miyazaki, representada pelo advogado Marco Aurélio Asseff, enfatizou que seu cliente não proferiu palavras racistas, atribuindo o mal-entendido a questões durante a partida de tênis, devido à exigência de silêncio. A defesa confia em uma resolução amigável do processo.
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