O deputado federal Alexandre Ramagem (PL) solicitou esclarecimentos ao Ministério da Saúde sobre os contratos firmados com empresas chinesas. Antigo chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro, Ramagem requisitou acesso a todos os acordos estabelecidos.
Essa solicitação surge em conjunto com a decisão do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), que desistiu de assumir a presidência honorária da China Hub Brasil. A reviravolta ocorreu após o Metrópoles revelar, em uma coluna de Tácio Lorran, que a entidade é financiada por grandes empresas chinesas e brasileiras com interesses comerciais no governo Lula.
Ramagem destacou no documento que é legítimo para associações buscarem conexões governamentais para defender seus interesses, porém salientou que tais entidades “não devem ter membros do governo em seus quadros”.
O parlamentar também levantou questionamentos sobre a eficácia de medicamentos chineses importados pelo Brasil, mencionando que, em 2020, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Ministério da Saúde a suspensão da compra e a retirada de todos os lotes do medicamento Leuginase, produzido pelo laboratório chinês Beijing e utilizado no tratamento da leucemia linfóide aguda em crianças e adolescentes.
Ele ressaltou que se trata de um tema extremamente sensível, com impacto direto na vida e saúde da população.
Na semana passada, Ramagem se tornou réu no STF por suposta tentativa de golpe de Estado, no mesmo contexto de denúncias que envolvem Bolsonaro.
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