A revista ‘The Atlantic’ revela acidentalmente plano de ataque militar dos EUA
A revista norte-americana ‘The Atlantic’ divulgou, de forma inesperada, o plano de ataque do Exército dos Estados Unidos contra os huthis no Iêmen. O editor-chefe recebeu o plano por acidente, após o governo de Donald Trump afirmar que não se tratava de informação confidencial. Este novo artigo traz capturas de tela de mensagens do secretário de Defesa, Pete Hegseth, com os horários dos ataques planejados contra o grupo rebelde do Iêmen. O vazamento ocorreu duas horas antes do evento, em 15 de março, abalando a administração do presidente Trump.
Reações imediatas vieram da Casa Branca, negando qualquer irregularidade e atacando a The Atlantic. O vice-presidente JD Vance, presente nas mensagens do Signal, criticou a revista por exagero, enquanto a Casa Branca considerou toda a narrativa como um equívoco. Os detalhes fornecidos no chat aumentaram a insatisfação dos democratas no Congresso, acusando os assessores de Trump de colocar em risco as operações militares dos EUA por meio de sua incompetência.
A Câmara de Representantes debaterá esta questão, evidenciada pelo título do primeiro artigo da revista: “A administração Trump inadvertidamente compartilhou seus planos de guerra comigo”. O editor-chefe da The Atlantic, Jeffrey Goldberg, descreve como foi adicionado por engano a um grupo de mensagens onde altos cargos do governo discutiam futuros ataques.
Na tentativa de minimizar o impacto do vazamento, Donald Trump classifica o ocorrido como um simples “erro” de um jornalista. A diretora de inteligência dos EUA, Tulsi Gabbard, afirma que nenhuma informação confidencial foi compartilhada.
No novo artigo, a revista revela ter obtido permissão para publicar mensagens mais específicas do chat, apesar da discordância da Casa Branca. A reportagem detalha trocas de mensagens mencionando decolagens de F-18 e ataques de drones, assim como a confirmação dos huthis sobre o impacto dos ataques, relatando vítimas e feridos.
Em meio a esse cenário delicado, os democratas no Congresso prometem aprofundar o debate sobre a segurança das operações militares dos EUA, enquanto a administração Trump tenta conter os danos provocados pelo vazamento acidental de informações sensíveis.
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