O deputado Rui Falcão (PT-SP) compartilhou uma carta aberta ao partido, abordando a eleição interna e sinalizando sua possível candidatura à presidência do PT, o que poderia intensificar a disputa interna na legenda. Falcão já liderou o partido de 2011 a 2017, antes de Gleisi Hoffmann assumir o cargo.
Atualmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indica o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, para presidir o partido a partir de julho. No entanto, a candidatura de Edinho enfrenta resistências de diferentes correntes internas do PT, incluindo a sua própria corrente, a Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no partido. Uma das questões-chave envolve a alteração na tesouraria do partido que Edinho propõe, desagradando Gleide Andrade, atual tesoureira e aliada de Gleisi, que se mostra contrária à candidatura.
Rui Falcão critica na carta a divisão interna do PT por cargos na diretoria. Ele ressalta: “Não devemos nos envolver em disputas meramente por poder e cargos”.
O texto de Falcão também evidencia sua simpatia pela ala mais à esquerda do partido, elogiando a postura de Gleisi Hoffmann contra a extrema direita e ressaltando a importância de fortalecer a esquerda internamente. Em contrapartida, ele se posiciona contrariamente à orientação de Edinho de aproximar o PT do centro, criticando a chamada “despolarização” e defendendo que o partido não deve se desviar de sua orientação ideológica.
Destacando a necessidade de uma comunicação mais eficaz nas redes sociais, Falcão aborda a importância do PT se tornar um “partido de massas”. Ele enfatiza: “Para cumprir seus objetivos históricos, o PT precisa se tornar um partido de massas, integrando amplas camadas da população na luta política. Devemos aprender com as igrejas evangélicas, estabelecendo sedes partidárias em todos os bairros, abertas para diversas atividades políticas, culturais e recreativas, de forma contínua e não apenas em épocas eleitorais”.
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