Rússia acusa Macron de fazer ameaça em discurso sobre conflito na Ucrânia
O Kremlin reagiu vigorosamente ao discurso do presidente francês, Emmanuel Macron, em relação ao conflito na Ucrânia, afirmando que as palavras do líder francês sugerem que a França deseja a continuação da guerra. O chanceler russo, Serguei Lavrov, considerou as declarações de Macron sobre dissuasão nuclear europeia como uma ameaça direta à Rússia.
Para Lavrov, a discussão sobre envio de tropas europeias para manutenção da paz na Ucrânia, em caso de cessar-fogo, torna qualquer acordo de trégua impossível, caracterizando uma abordagem hostil por parte da França. As críticas não se limitaram ao chanceler russo, com o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, denunciando o discurso “confrontador” de Paris em relação a Moscou.
Macron, em seu pronunciamento, descreveu a Rússia como uma ameaça para a França e Europa, prometendo um debate estratégico sobre a proteção dos aliados europeus através do arsenal nuclear francês. Essa postura surge em um momento de crescente preocupação com a situação na Ucrânia e mudanças na postura dos Estados Unidos em relação ao conflito.
As críticas a Macron em Moscou foram contundentes, com autoridades russas acusando o presidente francês de distorcer a realidade e propagar mentiras. O ex-primeiro-ministro Dmitry Medvedev zombou de Macron, enquanto outros líderes russos ironizaram o discurso atribuindo-lhe inverdades e propaganda.
Enquanto a França debate internamente os desdobramentos do discurso de Macron, a Turquia se posiciona pronta para enviar forças à Ucrânia, se necessário, visando garantir a paz na região. Em paralelo, os países da União Europeia realizam uma cúpula extraordinária para discutir a defesa do bloco diante do cenário atual de conflito.
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