Nesta terça-feira (12), a sonda espacial europeia Hera realizará uma importante etapa em sua jornada em direção ao asteroide Dimorphos em 2026: a aproximação a Marte. Essa manobra não apenas impulsionará a sonda da Agência Espacial Europeia (ESA) para continuar sua viagem, mas também será fundamental para testes tecnológicos conduzidos pela empresa GMV.
Durante a passagem, Hera estará a uma distância de aproximadamente 5.000 quilômetros da superfície marciana. Esse momento será fundamental para a validação do software do sistema de seguimento e navegação autônoma pela GMV Portugal, como explicou o engenheiro aeroespacial Francisco Cabral, líder do projeto da empresa na missão.
A sonda irá capturar imagens do planeta vermelho e ativar seu sistema de navegação, que reconhece pontos de referência visuais e calcula sua posição de forma independente. Esses testes são essenciais para as etapas mais críticas da missão, quando se aproximará do asteroide Dimorphos em um curto espaço de tempo.
Além disso, Hera realizará registros das luas marcianas, Deimos e Phobos, à medida que se afasta do planeta.
Lançada em 7 de outubro de 2023, a missão Hera representa um marco para a ESA no que diz respeito à defesa planetária. Seu propósito principal é analisar Dimorphos, cuja órbita foi modificada em 2022 após o impacto da sonda DART, da NASA. Esse evento foi o primeiro experimento humano a alterar a trajetória de um corpo celeste do Sistema Solar.
Equipada com 12 instrumentos científicos, a sonda coletará dados relevantes para avaliar a viabilidade da técnica de desvio de asteroides como solução para a defesa planetária. Hera também investigará as características de Dimorphos e de seu corpo principal, Didymos, e lançará dois pequenos satélites para realizarem observações detalhadas e pesquisas por radar.
Dimorphos, um asteroide de 160 metros de diâmetro, orbita Didymos, cujo diâmetro é de 780 metros. A missão tem como objetivo aprofundar o entendimento sobre esse tipo de asteroide, considerado um protótipo dos milhares de corpos rochosos que representam potenciais riscos de colisão com a Terra.
Para saber mais: X-37B: Ônibus espacial secreto dos EUA retorna após 434 dias.
Comentários Facebook