O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu para os dias 25 e 26 de março a análise da acusação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus relacionados ao golpe de Estado ocorrido em janeiro deste ano.
O juiz Cristiano Zanin informou que será avaliado se a denúncia apresentada pelo Ministério Público tem indícios suficientes para iniciar uma ação penal contra os acusados.
Nas sessões agendadas para março, a Primeira Turma do STF, composta por juízes de inclinação progressista, decidirá se a acusação é consistente o bastante para dar início a um processo penal. Ressalta-se que, nesta etapa, os réus ainda não serão julgados.
Além de Bolsonaro, os réus incluem o ex-assessor do ex-presidente, coronel Mauro Cid, que colaborou com depoimento ao STF, e os ex-ministros Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa).
O anúncio aconteceu após solicitação do juiz Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, para que o tribunal estabelecesse uma data para decidir sobre a aceitação da denúncia e o início do julgamento criminal.
A Procuradoria-Geral da República, responsável pela denúncia, rejeitou as primeiras alegações dos réus e defendeu que fossem julgados por suposta tentativa de golpe contra o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em suas redes sociais, Bolsonaro criticou a celeridade do processo: “Mas só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026”, acrescentou.
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