Trabalhadores que prestam serviços terceirizados de limpeza em hospitais foram surpreendidos com demissões em massa nesta sexta-feira (14/3). Segundo relatos, cerca de 100 pessoas foram dispensadas pela empresa Geplan, em Samambaia e Taguatinga.
Idenice Rodrigues Carvalho, 51 anos, com 20 anos de experiência na área da saúde, foi demitida do Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) de Samambaia. Ela expressou indignação com a situação: “Estou revoltada, fazemos planos com base no que ganharemos depois do trabalho. E de repente, somos dispensados?”, desabafou.
De acordo com Idenice, as condições de trabalho eram precárias, faltando materiais básicos. Ela relatou que os funcionários precisavam trazer de casa itens como sabão em pó, desinfetante, pano de chão e luvas, e até papel higiênico impróprio para uso.
Yasmin do Nascimento, 19 anos, auxiliar de serviço geral no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), denunciou a falta de produtos de limpeza na unidade. “Estamos há uma semana trabalhando apenas com água, sem sabão, sem papel higiênico”, afirmou.
O deputado Chico Vigilante, que visitou Samambaia após receber os relatos de demissões em massa, criticou a empresa dizendo que “assinou contrato com a Secretaria de Saúde, mas não forneceu material adequado e decidiu demitir os funcionários.”
A Secretaria de Saúde do DF contratou a Geplan em dezembro de 2024 para serviços de limpeza hospitalar, com um contrato de R$ 58,5 milhões com duração de dois anos.
Posicionamento da Secretaria de Saúde
A Secretaria de Saúde posicionou-se através de nota, afirmando que os pagamentos à empresa estão em dia e que qualquer irregularidade na prestação dos serviços será devidamente notificada para providências necessárias.
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