Desmantelado Torneio Ilegal de Caça de Animais Selvagens em Curaçá, Norte da Bahia
Uma operação conjunta do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Companhia Independente de Policiamento Especializado Caatinga (CIPE/PMBA) frustrou, na madrugada deste domingo (30), um evento clandestino de caça de tatus no distrito de Riacho Seco, em Curaçá, na região norte da Bahia. Os agentes conseguiram resgatar animais silvestres, confiscar equipamentos de caça e autuar os envolvidos na prática ilegal.
Segundo Manoela Bezerra, coordenadora regional do Inema em Juazeiro, os caçadores se organizavam por meio de redes sociais para competir em eventos premiados pela captura do maior número de tatus, o que constitui um crime ambiental. “Agimos com rapidez para evitar a captura dos animais. Esses ‘torneios’ ainda acontecem na região, colocando em perigo espécies essenciais para o bioma”, alertou.
A operação foi planejada com informações estratégicas da CIPE Caatinga e do Inema, que monitoraram a área antes da intervenção. “Por volta das 2h, encontramos o grupo em plena ação na caatinga. A colaboração entre os órgãos é fundamental para coibir esses delitos”, explicou o Major Érico de Carvalho, comandante da CIPE.
Geraldo Onofre, especialista do Inema, ressaltou a importância ecológica desses animais: “Eles controlam pragas como cupins e formigas, além de dispersar sementes. A extinção deles desequilibraria todo o ecossistema”. Das 21 espécies existentes no mundo, cinco habitam a caatinga, incluindo o ameaçado tatu-bola-da-caatinga, símbolo da vulnerabilidade do bioma.
Os infratores serão responsabilizados por crimes contra a fauna, com multas que podem atingir até R$ 5 mil por animal, além de enfrentarem processos penais. O Inema garantiu que intensificará a fiscalização na região, contando com o apoio da população para denunciar possíveis atividades ilegais por meio do disque-meio-ambiente.
Chamado à ação: Colabore com a preservação da fauna denunciando atividades de caça ilegal para as autoridades ambientais locais. Juntos, podemos proteger as espécies silvestres e garantir a harmonia dos ecossistemas.
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