Fabiano e Silva Leitão Duarte, de 45 anos, também conhecido como “TromPetista”, é um músico com forte atuação na militância de esquerda. Durante uma coletiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele tocou a marcha fúnebre como uma forma de protesto. Bolsonaro tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de tentativa de golpe de Estado.
Militante do Partido dos Trabalhadores (PT) e estudante de relações internacionais, Fabiano tentou se eleger deputado distrital em 2022, mas obteve pouco menos de 5 mil votos, ficando como suplente.
O trompetista já esteve envolvido em situações de destaque, como quando foi preso durante o governo Bolsonaro ao tentar impedir um desfile de veículos blindados na Esplanada dos Ministérios, em 2021. Natural de Brasília, Fabiano já participou de cerimônias no Palácio do Planalto e realizou ações similares à que ocorreu no dia da coletiva de Bolsonaro.
Protesto e Reverência
Em entrevista ao Metrópoles, Fabiano explicou que a ação durante a coletiva foi uma forma de homenagear os mortos da Ditadura Militar e de protestar contra o governo anterior.
“Estava passando ao vivo e decidi ir para lá. Essa ação é uma homenagem aos que tombaram na ditadura, como Zuzu Angel, Stuart Angel, Rubens Paiva e meu tio Francisco Celso Leitão. Significa que a Justiça está se reconciliando com a nossa história. Tentativas de golpes de Estado não podem ficar impunes”, ressaltou o músico.
Durante a coletiva, Fabiano interrompeu Bolsonaro ao tocar a marcha fúnebre e, em seguida, a música “Tá na Hora do Jair Já Ir Embora”, de Juliano Maderada e Tiago Doidão, que se tornou viral durante as Eleições de 2022. O momento despertou risos entre os presentes, inclusive do ex-presidente. Bolsonaro pausou a coletiva brevemente para apreciar a música e depois retomou o pronunciamento.
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