A administração de Donald Trump congela mais de 175 milhões de dólares em financiamento federal destinado à Universidade da Pensilvânia (Penn) devido à participação de um atleta transgênero no programa de natação da instituição, segundo fontes próximas ao governo. O Departamento de Educação abriu uma investigação após uma ordem executiva que proíbe atletas trans de competirem em categorias femininas, e a Casa Branca justifica a medida alegando que as políticas da universidade “forçam as mulheres a competir com os homens nos esportes”.
A decisão teria sido influenciada pelo envolvimento anterior da Penn com Lia Thomas, nadadora transgênero que ganhou destaque ao vencer um campeonato universitário em 2022. A Universidade da Pensilvânia declarou estar ciente dos relatos sobre o congelamento da verba, porém não recebeu nenhuma notificação oficial do governo, reforçando que segue todas as regras da Associação Atlética Universitária (NCAA) e da Ivy League, conferência da qual faz parte.
A Penn é a segunda universidade da Ivy League a ser alvo de medidas do governo Trump em um curto período de tempo. Em março, a administração federal suspendeu aproximadamente 400 milhões de dólares em contratos e bolsas para a Universidade de Columbia, alegando falta de medidas contra o antissemitismo no campus. O governo apresentou exigências à Columbia para retomada do financiamento.
Os cortes de financiamento para Penn podem ser apenas o início de um movimento mais amplo. Outras instituições, como a equipe de vôlei da Universidade de San Jose State e a Associação Interescolar Atlética de Massachusetts, estão sob investigação em relação à participação de atletas trans. Os cortes não são exclusivamente em decorrência da investigação do Departamento de Educação sobre Penn, mas sim parte de uma “ação proativa” do governo para revisar o financiamento de universidades, podendo afetar outras instituições em breve, especialmente aquelas que dependem de repasses de departamentos-chave do governo.
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