
A Neo Química Arena foi palco de uma comovente homenagem promovida pelo Corinthians em memória de Vitória Regina de Sousa, jovem de 17 anos vítima de um trágico assassinato em Cajamar, São Paulo. Antes do início da partida de futebol contra o Santos, o estádio realizou um emocionante minuto de silêncio em honra à jovem. Nas telas da arena, a imagem de Vitória foi exibida juntamente com a mensagem “eternamente dentro dos nossos corações”. Presente no evento a convite do clube, a família de Vitória, torcedora do Corinthians, vestia camisas do time, enquanto o caixão da jovem foi coberto com a bandeira alvinegra.
O brutal assassinato de Vitória chocou a cidade de Cajamar. Em 26 de fevereiro, após sair do trabalho em um shopping local, a jovem relatou a uma amiga que estava sendo seguida por dois homens ao pegar um ônibus para casa. Testemunhas observaram um carro com quatro ocupantes perseguindo Vitória após desembarcar do ônibus.
Depois de intensa busca liderada por familiares, moradores e autoridades, o corpo de Vitória foi descoberto em uma área de mata no dia 5 de março. Com sinais de violência, a jovem foi encontrada com a cabeça raspada e sem roupas. A Polícia Civil está investigando o caso, ouvindo mais de 11 testemunhas. Dois veículos foram apreendidos para perícia, e a investigação sugere que o crime possa estar relacionado a um ato de vingança.
Um dos principais suspeitos é o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius. Após prestar depoimento à polícia e com a recusa do pedido de prisão temporária pela Justiça, Gustavo foi liberado. O delegado responsável pelo caso mencionou que Gustavo procurou a delegacia temendo represálias de outros suspeitos envolvidos.
O Corinthians, além de homenagear Vitória, também usou o momento para reforçar sua campanha de conscientização contra a violência às mulheres. Em parceria com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), mensagens alertando sobre o feminicídio foram exibidas nos telões do estádio. Estatísticas da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo revelam que, em 2024, uma ameaça contra uma mulher era registrada a cada cinco minutos no Estado.
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