Adson Marchesini, ex-comandante do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM), expressou seu pesar ao deixar o cargo durante a posse de Aloísio Mascarenhas Fernandes, oficializado pelo governador Jerônimo Rodrigues. Em um evento realizado no Instituto Militar de Ensino Superior de Bombeiros (Imesb), em Simões Filho, região Metropolitana de Salvador, Marchesini questionou a decisão de sua exoneração, anunciada pelo governador na semana anterior.
Ao se dirigir a Jerônimo Rodrigues, Marchesini expressou sua perplexidade: “Quando fiquei sabendo que fui exonerado, não vou mentir, fiquei muito abalado contigo. Não é que sinta raiva, mas era um sentimento de dor, pois onde foi que errei para ser exonerado dos Bombeiros? Uma instituição pela qual lutei”, declarou ele durante a cerimônia de transição.
A exoneração de Marchesini e de outros quatro gestores da segurança pública foi oficializada no Diário Oficial da última terça-feira (25). Embora o governador Jerônimo Rodrigues tenha afirmado que a decisão de alterar as gestões foi discutida previamente com os colaboradores, o ex-comandante afirma ter sido pego de surpresa pela notícia.
Marchesini compartilhou o impacto pessoal da mudança em sua família, mencionando: “Essa situação me machucou profundamente. Fui trabalhar pela manhã como de costume, lutando pelas causas dos bombeiros. Às quatro da tarde, fui comunicado de que não era mais o comandante dos bombeiros e que seria exonerado no dia seguinte. Isso doeu muito. Com todo o respeito e carinho que tenho, isso me feriu. Naquela noite, não consegui dormir em busca de respostas”, revelou ele.
À frente dos bombeiros desde janeiro de 2021, Marchesini também compartilhou a dor de ver sua filha emocionalmente afetada pela situação: “Não vou esconder, isso me magoou profundamente e foi a primeira vez que vi minha filha chorar. Nunca a vi chorar assim, mas naquela noite ela derramou muitas lágrimas, pois não compreendia”, concluiu.
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