No cenário político brasileiro, a economista Zeina Latif traz reflexões pertinentes sobre a gestão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacando a importância crucial do corte de despesas para o equilíbrio fiscal do país. Latif ressalta que Haddad errou em sua estratégia ao demorar para reconhecer a necessidade urgente desse ajuste, resultando em seu enfraquecimento após mais de 2 anos no cargo.
Zeina ressalta que o ministro não deu a devida ênfase à questão da despesa, o que possivelmente o enfraqueceu junto ao presidente. Para ela, o partido ter dificuldades com a agenda de gastos é compreensível, mas é fundamental ter um ministro capaz de preservar a confiança do mercado e segurar o “touro” das finanças públicas.
Além disso, Zeina Latif aponta a necessidade de retomar a agenda de reformas estruturais que ganhou destaque a partir de 2016, enfatizando que o arcabouço fiscal atual não cumpriu seu papel, tanto em entregar resultados de curto prazo quanto em estabelecer condições para o equilíbrio das contas públicas a médio e longo prazo. Ela projeta que o próximo presidente terá que adotar um novo regime fiscal para o país.
Em relação às medidas recentes do governo, como a ampliação do empréstimo consignado e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, Latif questiona a eficácia dessas ações, destacando a importância de uma agenda mais estruturada e voltada para a contenção de despesas, em um momento no qual o equilíbrio fiscal é um grande desafio.
Quanto às projeções econômicas, Zeina analisa o cenário da inflação e do crescimento do PIB, apontando para a necessidade de uma política fiscal mais consistente e para a importância de medidas que promovam a justiça tributária e o equilíbrio das contas públicas a longo prazo.
Concluindo, as reflexões de Zeina Latif oferecem insights valiosos sobre os desafios econômicos atuais, destacando a importância de uma gestão eficiente e focada na estabilidade e no crescimento sustentável do país.
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