Kléber Rosa promoveu uma discussão relevante em uma transmissão ao vivo sobre a autoria do trio elétrico e da guitarra baiana, questões historicamente controversas na música baiana. O debate, realizado na quinta-feira (3), contou com a participação de Carlinhos de Dodô, neto de Dodô, que reiterou a autoria exclusiva de seu avô na criação do trio elétrico, contestando a narrativa histórica que atribui a invenção a Dodô e Osmar Macêdo conjuntamente. A família iniciou a tentativa de esclarecer a história após solicitar, no Carnaval de 2025, a mudança de nome do Circuito Dodô.
Carlinhos destacou que após a morte de Dodô, a história teria sido distorcida. Ele ressaltou: “Após a morte dele, o discurso mudou. Dodô passou a ser incluído na terceira pessoa do plural ‘eles inventaram’, não sendo reconhecido como um experimento individual, unilateral. No meu Instagram, há um depoimento de Osmar Macêdo atribuindo os créditos a Dodô. Há também um relato de Orlando Tapajós afirmando que foi Dodô quem criou o primeiro trio elétrico”, afirmou.
A respeito da imagem de Dodô e Osmar, Kleber Rosa enfatizou a importância de se reconhecer a contribuição singular de Dodô, muitas vezes ofuscada pela figura mais conhecida de Osmar Macêdo. Ele refletiu: “Quando pensamos em Dodô e Osmar, imediatamente vem à mente a imagem de Osmar e sua família. Dodô é frequentemente deixado em segundo plano. Não podemos ignorar que essa dupla era formada por um homem branco e um homem negro, o que não deve ser subestimado”, comentou.

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