52% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro deveria ser preso por tentativa de golpe. Essa é a opinião de mais da metade dos entrevistados de uma pesquisa recente realizada pelo Datafolha. Outros 42% discordam dessa ideia, enquanto 7% não souberam responder. Paralelamente, a mesma porcentagem de 52% dos entrevistados não acredita que Bolsonaro de fato acabará na prisão, em contraste com 41% que preveem o contrário. Este levantamento foi feito com 3.054 pessoas maiores de 16 anos em diversas cidades, revelando uma margem de erro aproximada de dois pontos percentuais.
O atual presidente foi recentemente tornado réu pela primeira turma do STF sob acusações de tentativa de atentado contra o Estado democrático de Direito, entre outros crimes. Bolsonaro alega inocência, embora tenha modificado sua versão inicial para minimizar sua ligação com os acontecimentos. Atualmente, ele lidera um movimento em defesa da anistia para os condenados pelos atos golpistas. A pesquisa revela que as opiniões sobre a prisão de Bolsonaro refletem as divisões socioeconômicas e políticas do país, com diferenças significativas de opinião entre católicos e evangélicos, bem como entre regiões do Brasil.
Com Bolsonaro impossibilitado de concorrer às eleições até 2030, o nome do governador Tarcísio de Freitas surge como um dos favoritos para sucedê-lo na corrida presidencial. Análises apontam que o apoio a Bolsonaro está fortemente vinculado ao apoio a Tarcísio, que tem se esforçado para manter uma postura moderada. No entanto, as opiniões sobre a prisão de Bolsonaro tendem a influenciar a decisão dos eleitores de Tarcísio, com a maioria dos seus apoiadores se opondo à prisão do ex-presidente.
A pesquisa revela que há uma visão homogênea sobre a questão da prisão de Bolsonaro, com exceções notáveis em algumas regiões e grupos específicos da população. O Nordeste, historicamente um bastião do PT, demonstrou uma maior inclinação a favor da prisão, enquanto mulheres e pessoas com menor escolaridade tendem a discordar dessa ideia. Por outro lado, os mais instruídos e aqueles com maior renda estão mais propensos a acreditar na prisão de Bolsonaro, em contraste com a postura mais cética dos jovens e de grupos com menor renda.
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