Gustavo Sobral é um dos focos da terceira fase da operação Overclean, investigado pela Polícia Federal por intermediar a liberação de emendas nos ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional, além do da Agricultura.
Sobral é apontado como responsável por facilitar a liberação de emendas para beneficiar empresas vinculadas a Alex Parente, incluindo a Allpha Pavimentações.
Empresas de Alex e de seu irmão, Fabio Parente, possuem contratos substanciais financiados por emendas parlamentares, muitos deles com órgãos como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
A Allpha Pavimentações recebeu mais de R$ 67 milhões do DNOCS, de um total de aproximadamente R$ 130 milhões em contratos assinados entre 2021 e 2024.
Dados do Portal da Transparência revelam que os pagamentos foram realizados a partir do chamado orçamento secreto do governo, iniciando no governo Bolsonaro e se estendendo até o primeiro ano do governo Lula.
A terceira fase da operação Overclean visa indivíduos ligados à cúpula do partido União Brasil e foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal após evidências de envolvimento do deputado Elmar Nascimento (União-BA) em desvios.
Alex Parente e o empresário José Marcos de Moura, conhecido como Rei do Lixo na Bahia, foram alvo de buscas por suspeita de obstrução da Justiça, visando avançar na investigação sobre atividades suspeitas relacionadas a fraudes, desvios e corrupção.
A operação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento do secretário de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral, com buscas realizadas em diversas cidades, incluindo Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Aracaju.
Pesquisas conduzidas pela Polícia Federal nas fases iniciais da Overclean também revelam conexões da cúpula do partido União Brasil com empresas e pessoas sob investigação. A investigação se expandiu para incluir contratos milionários com o governo federal e administrações estaduais e municipais.
A apreensão pela PF de R$ 1,5 milhão, anotações e planilhas em um avião saindo de Salvador para Brasília gerou apreensão entre políticos, revelando a contabilidade do grupo investigado e resultando nas fases subsequentes da operação Overclean.
Os desdobramentos da investigação continuarão a ocorrer, com esforços para desmantelar atividades fraudulentas que prejudicam o erário público e a sociedade como um todo.
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