Na última quinta-feira (10/4), durante o São Paulo Fashion Week N59 (SPFW), um triste episódio de violência marcou a noite. O designer Raphael Fonseca denunciou ter sido vítima de agressões verbais e físicas durante o desfile da marca Walério Araújo, após ser confrontado por estar de pé em um lugar onde não havia assentos suficientes. O SPFW confirmou o ocorrido em um comunicado oficial, repudiando veementemente o ato e classificando-o como uma “reprodução de um comportamento autoritário”.
Após circular um vídeo mostrando duas pessoas exaltadas e empurrando Raphael Fonseca enquanto assistia a um desfile na Semana de Moda de São Paulo, o artista utilizou suas redes sociais para relatar o incidente. Ele se sentiu “humilhado e psicologicamente ameaçado” por um casal durante o evento, questionando a seleção de participantes para o evento e sugerindo que corpos como o dele eram claramente hostilizados e descreditados como seres humanos.

O SPFW se manifestou sobre o ocorrido, classificando o incidente como “lamentável” e enfatizando que nenhum desentendimento ou desconforto em relação a espaços durante o desfile justifica qualquer forma de violência. O evento descreveu a ação como uma “reprodução de um comportamento autoritário, no qual determinados corpos ainda se sentem no direito de controlar, constranger ou policiar a presença dos outros”.
Diante da repercussão do caso, a médica neurologista Juliana Dias, apontada nas redes sociais como uma das pessoas envolvidas na agressão, se pronunciou em um vídeo seguido de uma nota. Ela afirmou ter sido vítima de “julgamentos precipitados e ataques desproporcionais”. Juliana admitiu ter agido de forma inadequada, mas assegurou que sua atitude não reflete seu caráter. Ela negou qualquer intenção premeditada, privilégio ou desrespeito, argumentando que agiu com humanidade. A médica criticou o “tribunal das redes sociais” por julgar sem ouvir e condenar sem compreender, transformando um gesto pessoal em um escândalo.
Comentários Facebook