No desfecho de um intenso turbilhão jurídico, a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, foi acolhida na embaixada brasileira em Lima, após ser sentenciada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro. Em um gesto humanitário, o governo peruano emitiu um salvo-conduto permitindo que ela e seu filho de 14 anos deixassem o país, rumando para o Brasil.
Na sequência, Nadine e seu filho foram transportados de Lima para Brasília em uma aeronave da Força Aérea Brasileira. O governo brasileiro, por sua vez, concedeu a eles asilo diplomático provisório, com possibilidade de tornar-se refúgio permanente após análise criteriosa das circunstâncias.
Entre idas e vindas legais, o casal presidencial peruano, formado por Nadine e seu marido Ollanta Humala, foi condenado pela Justiça peruana por envolvimento em um esquema ilícito de financiamento político que envolve a construtora Odebrecht e o governo de Hugo Chávez, da Venezuela.
Ao longo de seu mandato como primeira-dama do Peru, entre 2011 e 2016, Nadine Heredia é acusada de ter recebido recursos ilegais para financiar campanhas políticas, em um enredo que agora culmina em um pedido de asilo no Brasil frente à condenação judicial.
O escândalo de corrupção da Odebrecht se expande pela América Latina, respingando em diversos ex-presidentes peruanos, além de Humala. Outros envolvidos incluem Alan García, Pedro Pablo Kuczynski e Alejandro Toledo, personagens em um enredo de corrupção que levanta sérias questões políticas e éticas em toda a região.
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