Bolsas despencam, mas Trump não volta atrás
A abertura das bolsas em todo o mundo neste início de semana confirmou os temores de uma guerra comercial. As quedas abruptas nos principais centros financeiros da Ásia mostraram a reação em cadeia causada pelas tensões entre Estados Unidos e China. Com a China sofrendo uma queda expressiva de 13,2% no índice Hang Seng em Hong Kong, o impacto se espalhou pela Europa, gerando preocupações nos mercados alemão, inglês, francês, espanhol e italiano. As bolsas americanas também sentiram o tremor financeiro, fechando com quedas inferiores a 1%.
Trump justifica as tarifas como um remédio necessário para corrigir distorções históricas, ameaçando impor mais taxas à China se não houver reversão nas tarifas anunciadas por Pequim. Com a imprevisibilidade das declarações presidenciais, a pressão inflacionária e o temor de uma recessão global começam a afetar empresários em todo o mundo. A incerteza em relação ao desfecho da guerra comercial preocupa economistas, empresas e acadêmicos, pois os impactos serão danosos para bilhões e benéficos apenas para alguns empresários específicos.
A proposta mercantilista de Trump, aceita até o momento pela China, sinaliza um panorama disruptivo no cenário geopolítico e econômico global. Assim como a Covid-19 introduziu um “novo normal” na sociedade, a guerra comercial proposta por Trump pode se consolidar como uma nova realidade para o mundo em busca de alternativas econômicas e geopolíticas.
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