Análise considerou fatores como ambiente de negócios, economia, recursos naturais, comércio internacional, desenvolvimento humano e produtivo, educação e infraestrutura.
O Brasil foi classificado como o último colocado no ranking de competitividade industrial elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nessa avaliação que incluiu 18 economias, o país ficou atrás de potências como os Estados Unidos, China e Alemanha. Os principais elementos que contribuíram para o baixo desempenho do Brasil foram o ambiente econômico, o desenvolvimento humano e do trabalho, além da educação, nos quais o país ocupou a última posição. Fabrício Silveira, superintendente de política industrial da CNI, atribui esse resultado ao excesso de tributação e à falta de investimentos, destacando a urgência de reduzir o chamado “custo Brasil”. Ele ressalta que a alta taxa de juros é um dos principais obstáculos ao investimento no país.
A economista e professora da Fundação Getúlio Vargas, Carla Beni, reforça que o Brasil enfrenta desafios significativos para melhorar sua capacidade de inovação e aumentar sua competitividade. No ambiente econômico, questões como financiamento, tributação e macroeconomia são fundamentais, sendo a elevada taxa de juros um problema central. Além disso, o Brasil enfrenta desafios no desenvolvimento humano e no mercado de trabalho, com avaliações negativas em aspectos como relações trabalhistas, saúde, segurança, diversidade, equidade e inclusão. A formação educacional dos profissionais também representa um ponto frágil, com o Brasil ocupando a última posição nesse critério, enquanto a Alemanha lidera. Problemas históricos na formação da mão de obra persistem, prejudicando a competitividade brasileira. A infraestrutura precária, que inclui más condições das rodovias e baixa eficiência dos portos, também impacta negativamente o desenvolvimento do país.
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