Ao lançar sua pré-candidatura à Presidência da República, Ronaldo Caiado, governador de Goiás (União Brasil), enfatizou a segurança pública como pilar central de seu discurso. Sem mencionar diretamente Jair Bolsonaro, Caiado criticou indiretamente o ex-presidente e também fez críticas ao presidente Lula. Durante o evento em Salvador, ele disparou contra a Proposta de Emenda à Constituição da Segurança Pública, defendida pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, como um mecanismo que fortaleceria o sistema de segurança, posição à qual Caiado se opõe, afirmando não haver democracia onde o governo seja condescendente com o crime.
Em recente pesquisa Genial/Quaest, a violência foi apontada como a principal preocupação no Brasil por 29% dos entrevistados. Apontando a falta de diálogo do governo federal com a juventude, Caiado criticou as políticas vigentes, qualificando as ações petistas como incompetentes e desafiando o modo de governar de Lula.
Buscando se diferenciar de Bolsonaro, Caiado sublinhou sua postura presidencial e habilidade para lidar com diferentes poderes sem confrontos, reafirmando-se como uma alternativa dentro da direita. Em seu discurso, ele enfatizou sua independência e determinação, destacando sua trajetória de defesa dos direitos de propriedade e confronto ao bolsonarismo, especialmente após apoiar um candidato que derrotou um aliado de Bolsonaro na capital de Goiás, intensificando a rivalidade entre ambos.
A desavença entre Caiado e Bolsonaro se evidencia desde as eleições municipais, culminando em condenações eleitorais contra o governador, que nega o uso indevido da máquina estatal em campanhas. O cenário político do partido União Brasil também reflete divergências internas, evidenciando um racha que pode comprometer o apoio à candidatura de Caiado.
Com desafios internos e externos, Caiado busca consolidar sua pré-candidatura à Presidência, em um cenário político marcado por polarizações e incertezas. Sua postura firme e suas propostas na área de segurança pública delineiam seu posicionamento como uma alternativa dentro do espectro político nacional, distinto de figuras como Bolsonaro e Lula.
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