Andre Bonfim Borba, um dos agiotas investigados por lavagem de dinheiro e movimentação de R$ 90 milhões, pertencia a uma organização criminosa familiar que emprestava dinheiro a juros de 6% a 10%. Como garantia, eram exigidas procurações com plenos poderes sobre imóveis e veículos.
A investigação, conduzida pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), revelou que o grupo atuava há pelo menos 10 anos na região e ocultava os valores ilícitos em contas de familiares.
Operação Gold Fly
Como resultado das investigações, foram judicialmente bloqueados 38 imóveis e chácaras no Distrito Federal, avaliados em cerca de R$ 40 milhões. Esse é o maior volume de bens já bloqueados pela PCDF em ações contra a agiotagem na capital do país.
A polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nas residências e escritórios da família de agiotas em Brazlândia e Niquelândia (GO). Entre os bens bloqueados, destacam-se apartamentos em várias regiões do DF e duas propriedades rurais em Brazlândia.
Empresas de fachada
A lavagem de dinheiro envolvia a diversificação dos investimentos em diversas empresas de fachada, registradas em nome de parentes do grupo. Imóveis adquiridos com recursos ilegais também eram registrados em nome de terceiros para ocultar a origem criminosa do dinheiro.
Os investigadores estimam que o grupo movimentou mais de R$ 90 milhões nos últimos cinco anos, revelando um esquema de agiotagem de grande escala e sofisticação.
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