Em um cenário político dividido, é surpreendente testemunhar a união de forças opostas em prol do país. A democracia se fortalece justamente no embate de ideias divergentes, uma característica que nossa nação tem demonstrado ao longo dos anos, sobrevivendo a turbulências políticas e tentativas de desestabilização.
A verdadeira ameaça residiria na falta de harmonia entre os Poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário. A recente alteração de liderança no Congresso trouxe uma atmosfera mais amena, permitindo que diferentes correntes políticas se unissem para aprovar um projeto de lei no Senado.
O projeto em questão estabelece a reciprocidade nas regras ambientais e comerciais nas relações internacionais do Brasil. Atualmente, o país não pode impor tarifas unilateralmente, o que dificultaria uma possível resposta a medidas protecionistas, como as de Trump nos EUA.
Com 70 votos a 0, o obstáculo foi superado no Senado. Agora, aguarda-se a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto relatado pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) para que entre em vigor.
Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, foi elogiada pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), destacando a importância da unidade para a proteção da agricultura nacional.
A senadora enfatizou que o texto não é uma arma contra os EUA, mas sim uma ferramenta para fortalecer as negociações do Brasil no âmbito internacional. Por sua vez, Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, ressalta a postura dialogadora do governo frente às adversidades.
Essa inesperada união política demonstra que, diante de desafios iminentes, é possível superar divergências em prol do bem comum, priorizando o diálogo e a busca por consensos em nível global.
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