Com a difícil tarefa de encontrar um candidato competitivo, deputados federais do PT cogitam apoiar Márcio França, ministro do Empreendedorismo, em sua possível candidatura ao governo de São Paulo em 2026. A falta de nomes expressivos dentro do partido tem levado os petistas a considerar o apoio a França como estratégia para enfrentar a ameaça de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que provavelmente buscará a reeleição, evitando assim uma disputa direta com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A análise dos petistas considera que, com Geraldo Alckmin como cabo eleitoral, França teria condições de levar a disputa ao segundo turno, contribuindo indiretamente para a performance de Lula na corrida presidencial. Apesar de acumular algumas derrotas eleitorais nos últimos anos, França se mostrou receptivo à possibilidade de concorrer novamente pelo governo paulista, destacando-se como um candidato viável para enfrentar Tarcísio.
O encontro entre os deputados petistas e o ministro França em Brasília, há aproximadamente um mês, foi descrito como uma análise da conjuntura política e eleitoral, sem firmar compromissos concretos. O quadro eleitoral de São Paulo e do Brasil foi objeto de discussão, levando em conta a necessidade de Lula angariar cerca de 40% dos votos paulistas em 2026 para conquistar a reeleição, um percentual ligeiramente inferior ao obtido nas eleições anteriores.
A escassez de nomes relevantes no PT para a corrida eleitoral majoritária tem levado os petistas a considerarem outras possibilidades, como a candidatura de Fernando Haddad, ex-ministro da Fazenda, que obteve boa votação nas últimas eleições, mas que demonstra resistência em concorrer ao governo de São Paulo.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e outra opção cogitada, já manifestou sua falta de interesse em disputar o cargo. Nesse cenário, uma alternativa seria apoiar a candidatura de Guilherme Boulos, do PSol. No entanto, a rejeição do eleitorado e a falta de identificação do político com o PT levantam dúvidas sobre a viabilidade dessa escolha.
O PT, enquanto parte de um projeto nacional, busca construir alianças consistentes em nível estadual, visando proporcionar um cenário favorável à chapa presidencial. A necessidade de encontrar um candidato forte para o governo de São Paulo reflete a complexidade do cenário político atual, no qual a estratégia de apoio a Márcio França emerge como uma possibilidade relevante para os petistas enfrentarem a disputa eleitoral no estado paulista.
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