Após intensas seis horas de debates acalorados, o Conselho de Ética votou pela cassação do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), com 13 votos a favor e cinco contra. O relatório favorável à cassação, elaborado pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), foi aprovado pela maioria dos membros.
O presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Filho (União-BA), informou que o processo seguirá para o plenário da Câmara, mas Glauber Braga pretende recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Decidido a se manter na Câmara dos Deputados, Glauber Braga anunciou que entrará em greve de fome como forma de protesto durante todo o processo de cassação.
“Essa cassação é puramente ideológica e política”, protestou o deputado Chico Alencar (Psol-RJ).
Parlamentares do Psol, PT e PCdoB protestaram alegando que a não abertura da ordem do dia do plenário até as 18h20 indicava um possível acordo para a cassação, envolvendo até o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Quando a ordem do dia é iniciada, as sessões nas comissões são encerradas.
Durante a acalorada sessão, houve debates acalorados entre deputados de direita e esquerda. Em um momento, manifestantes presentes no Conselho de Ética clamaram por “sem anistia” após uma discussão entre Guilherme Boulos e parlamentares conservadores.
Em tom de confronto, Boulos rebateu chamando um deputado de “marmitinha” e declarou: “marmita é o que você vai levar ao Bolsonaro quando ele estiver na Papuda”.
Glauber é acusado de quebrar o decoro parlamentar por ter expulsado de forma agressiva um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) em abril de 2024.
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