Resumo: O caixão de cipreste, símbolo de humildade e eternidade, será utilizado no funeral do Papa Francisco. O corpo do pontífice será exposto na Basílica de São Pedro, em Roma, e passará por um ritual fúnebre solene, com sepultamento final na Basílica de Santa Maria Maior, em respeito a um desejo pessoal do Papa.
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013 e reconhecido por sua simplicidade e proximidade com os mais pobres, será sepultado em um caixão de madeira cipreste, seguindo uma tradição secular do Vaticano. A madeira nobre, resistente e sem adornos, representa a humildade e a eternidade — valores que acompanharam o pontífice argentino durante todo o seu papado.
A cerimônia fúnebre de Francisco está sendo organizada com grande cuidado, respeitando os ritos tradicionais do Vaticano. Após a morte, o corpo do Papa foi preparado e vestido com as vestes litúrgicas, sendo inicialmente velado em uma cerimônia privada dentro do Palácio Apostólico, reservada apenas aos cardeais e colaboradores mais próximos.

Imagem: Andreas Solaro/AFP
Em seguida, o corpo foi trasladado para a Basílica de São Pedro, onde ficará exposto por três dias para visitação pública. Milhares de fiéis, líderes religiosos e autoridades do mundo inteiro estão sendo esperados para prestar suas últimas homenagens.
Durante esse período, o caixão ainda não será lacrado. O corpo ficará visível, colocado diante do altar principal, permitindo que os fiéis se aproximem em silêncio para um momento de oração e respeito.
O funeral acontecerá na Praça de São Pedro, com uma missa solene presidida pelo Decano do Colégio de Cardeais, seguindo o protocolo previsto quando um papa morre fora do exercício do cargo — como foi o caso também com Bento XVI. A cerimônia incluirá leituras bíblicas, cânticos litúrgicos e orações em diversas línguas, refletindo o caráter universal da Igreja.

Antes do sepultamento, o corpo será colocado no tradicional triplo caixão: primeiro, o caixão de cipreste; depois, um segundo de zinco, selado para garantir conservação e segurança; por fim, um terceiro, de madeira nobre, como olmo ou castanheiro. Dentro do primeiro caixão, serão colocados objetos simbólicos: moedas cunhadas durante seu pontificado, uma medalha e um pergaminho com o resumo de sua vida e obra.
Ao contrário de seus antecessores mais recentes, que foram enterrados na cripta da Basílica de São Pedro, o Papa Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior (Santa Maria Maggiore), uma das igrejas mais queridas por ele. O local foi escolhido por desejo pessoal, como forma de expressar sua devoção à Virgem Maria e sua preferência por um gesto simbólico de proximidade com o povo.
O ritual e o uso do caixão de cipreste não apenas encerram uma era, mas também perpetuam a imagem de um Papa que, mesmo na morte, optou pela sobriedade, pela devoção e pelo símbolo de uma fé humilde e duradoura.

O CAIXÃO: O Cipreste (Cupressussempervirens ou Cipreste sempre-verde) é associada a morte, renascimento ou vida eterna. Na mitologia grega, Cyparissus, que significa cipreste, príncipe de Chipre, morreu de dor e se transformou nessa árvore depois de matar acidentalmente seu veado de estimação.
A madeira do cipreste era usada para construir caixões para os guerreiros gregos e sarcófagos no Egito. Essa conífera ainda é muito plantada em cemitérios, simbolizando o consolo e conforto para a vida após a morte.
Na atualidade, o caixão de Cipreste, que simboliza a vida eterna, é utilizado, em geral, nos funerais de monges beneditinos, cardeais e dos Papas.
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