A defesa de Luigi Mangione, acusado de assassinar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Nova York, contestou judicialmente na sexta-feira (11/4) o pedido de pena de morte feito pelo governo dos Estados Unidos.
Os advogados argumentam que a decisão da procuradora-geral Pamela Bondi, aliada de Donald Trump, possui motivações políticas e desrespeita os procedimentos para casos de pena de morte estabelecidos no país.
“O governo dos Estados Unidos está usando o Sr. Mangione como peão em seus jogos políticos”, afirmaram os advogados.
Bondi anunciou recentemente que os promotores federais buscariam a pena de morte para Mangione, descrevendo o crime como premeditado e brutal. A procuradora justificou a decisão como parte da nova política de “tolerância zero” contra crimes violentos, apoiada por Trump em sua campanha, com o lema de “tornar a América segura novamente”.
No entanto, a defesa argumenta que Bondi se baseou no cargo da vítima – um alto executivo do setor de saúde – para agravar a sentença, o que não está de acordo com os critérios do Departamento de Justiça.
Além disso, os advogados alegam que as declarações públicas de Bondi comprometem a imparcialidade do júri e ameaçam o direito do réu a um julgamento justo.
Mangione, de 26 anos, foi detido em dezembro de 2024, após o assassinato de Thompson na porta de um hotel em Manhattan. Na ocasião da prisão, ele estava com uma arma e um manifesto criticando o sistema de saúde dos EUA.
Atualmente, Mangione está sob custódia no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn e aguarda uma nova audiência agendada para 18 de abril.
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