O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,71, em queda de 0,16%, após quatro pregões consecutivos de recuo, refletindo a melhora do apetite externo ao risco com a negativa de Trump em demitir Jerome Powell e a possibilidade de redução de tarifas à China. Enquanto isso, o Ibovespa fechou em alta, atingindo o maior nível desde março, impulsionado por uma postura mais amena de Trump em relação às tarifas.
Durante o pregão, o dólar chegou a atingir R$ 5,65 pela manhã, mas desacelerou ao longo do dia. A repercussão da negativa de Trump em demitir o presidente do Federal Reserve impulsionou o mercado externo ao risco. Por outro lado, fatores como a alta da taxa dos Treasuries e o aumento do índice DXY influenciaram a moeda americana e, consequentemente, o real.
A questão das tarifas sobre produtos chineses também foi destaque, com Trump considerando a redução dessas tarifas. Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA, posteriormente refutou a ideia de retirá-las unilateralmente. Apesar da volatilidade, o real foi a moeda emergente latino-americana com melhor desempenho, em parte devido à taxa de juros brasileira mais elevada e operações de carry trade.
No cenário interno, a fala do diretor de Política Monetária do Banco Central indicou que a política atual é a mais contracionista dos últimos tempos, sinalizando o possível fim do ciclo de aperto monetário.
Na Bolsa de Valores, o Ibovespa fechou em alta de 1,34%, alcançando 132.216,07 pontos, o maior nível desde março. As notícias mais brandas de Trump em relação às tarifas contra a China e a tensão com Powell impulsionaram o mercado, apesar da queda nos contratos futuros de petróleo, afetando empresas como Petrobras.
Com um volume financeiro de R$ 24,2 bilhões, ações como JBS (+6,38%) se destacaram, assim como os bancos e a Vale. Já Petrobras apresentou queda, influenciada pela pressão para acelerar a produção de petróleo por países da Opep+.
Diante desse cenário, o mercado mostrou-se sensível a notícias e discursos, tanto internos quanto externos, evidenciando a interdependência entre os mercados globais e as decisões políticas e econômicas dos Estados Unidos.
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