Em um dia de oscilações, o dólar registrou queda nesta terça-feira, fechando o pregão abaixo de R$ 5,70 pela primeira vez desde março, em um cenário marcado por indicadores econômicos fracos nos Estados Unidos. O mercado reagiu aos dados do mercado de trabalho e da indústria norte-americana, que ficaram aquém das expectativas, reforçando sinais de desaceleração da maior economia do mundo. Esse contexto, somado à iminência do anúncio das tarifas recíprocas de Trump, favorece as moedas emergentes.
O índice DXY, que mede o comportamento do dólar em relação a seis moedas fortes, praticamente não teve variação. O dólar fechou a R$ 5,6824, acumulando perdas de 8,05% no ano. No Brasil, a perspectiva de cortes de juros nos EUA, sinalizada pelo Federal Reserve, contribui para a desvalorização do dólar e impulsiona o real.
Na Bolsa de Valores, a B3, o Ibovespa fechou em alta de 0,68%, atingindo 131.147,29 pontos. Apesar da cautela externa e das expectativas em relação às tarifas recíprocas, os ativos brasileiros se destacaram positivamente, com rotação de investimentos direcionados ao mercado nacional.
Na agenda internacional, os dados do relatório Jolts mostraram que o número de empregos em aberto nos EUA caiu em fevereiro, aquecendo as expectativas em relação ao relatório de emprego de março, que será divulgado na sexta-feira. Os dirigentes do Fed reiteraram a política monetária como instrumento para mitigar a incerteza econômica e discutiram os riscos de recessão no mercado de títulos.
Ao final, a economia norte-americana continua sendo monitorada de perto pelos mercados globais, enquanto o Brasil se mostra menos vulnerável à instabilidade externa, fortalecendo a posição do real frente ao dólar e impulsionando o Ibovespa.
Fonte: https://s.jpimg.com.br/
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