O dólar está próximo de atingir R$ 5,90 em meio ao embate tarifário entre os Estados Unidos e a China. O aumento das tensões entre as duas potências reflete diretamente no mercado cambial, com a moeda norte-americana apresentando variações intensas. A aversão ao risco se acentuou com a informação de que os produtos chineses enfrentarão uma tarifa total de 145%, resultante da combinação de 125% anunciados anteriormente com mais 20% recentes. Essa dinâmica impactou os ativos de risco globalmente, com o petróleo registrando quedas acentuadas, acumulando uma desvalorização significativa ao longo de abril.
A instabilidade provocada pela guerra comercial entre EUA e China gera preocupações em relação a uma possível desaceleração econômica global, com potenciais reflexos em uma recessão nos Estados Unidos. Esse cenário pressiona as commodities e afeta moedas emergentes, em especial as latino-americanas. Nesse contexto, o real liderou as perdas entre as principais moedas internacionais, seguido pelos pesos mexicano e colombiano.
Apesar das oscilações do dólar ao longo do dia, com picos de alta e momentos moderados, uma sinalização de possível diálogo entre autoridades chinesas e o presidente dos EUA, Donald Trump, trouxe alguma calmaria aos mercados financeiros. Trump expressou otimismo em relação a possíveis negociações, mencionando sua relação com Xi Jinping e indicando uma abertura para acordos. Essa perspectiva amenizou as perdas das moedas emergentes no final do pregão, mesmo diante da incerteza gerada pela guerra comercial.
A influência do embate tarifário entre EUA e China se reflete de forma ampla nos mercados global e local, impactando não apenas o câmbio, mas também as expectativas de crescimento econômico mundial. As notícias sobre tarifas e retaliações mútuas continuam a orientar o comportamento do dólar em um cenário de grande volatilidade.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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