Dólar sobe 0,66% e fecha a R$ 5,89 com ‘tarifaço’ de Trump no radar

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No cenário global, o dólar registrou uma valorização, refletindo a postura prudente dos investidores diante das consequências da guerra comercial. A falta de avanços em acordos com a União Europeia e retaliações da China foram fatores influentes nesse cenário.

A divisa chegou a apresentar uma tendência de queda, mas reverteu seu movimento após as primeiras horas de negociação, em consonância com as oscilações internacionais. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas fortes, retomou sua trajetória ascendente, atingindo o patamar de 100,276 pontos.

Com a busca por segurança em meio a um cenário de aversão ao risco, as taxas dos Treasuries recuaram. Além disso, compras táticas foram observadas após uma queda acentuada nos papéis. A recente imposição de tarifas por parte de Trump criou instabilidade, levando investidores a vender Treasuries, temendo que a China pudesse desfazer-se desses títulos de forma agressiva.

A China determinou que companhias aéreas suspendessem a recepção de aeronaves da Boeing em retaliação às tarifas dos EUA, incluindo uma taxa de 145% sobre produtos chineses. Paralelamente, empresas chinesas foram instruídas a interromper a compra de equipamentos e peças de aeronaves de fornecedores americanos.

Em uma publicação na rede social Truth Social, Donald Trump acusou a China de descumprir acordos comerciais com agricultores e a Boeing. Ele destacou a postura “brutal” dos chineses em relação ao setor agrícola e sua falta de comprometimento com a fabricante de aeronaves. A retórica protecionista de Trump enfatizou a possibilidade de substituir a receita fiscal americana com os recursos provenientes das tarifas sobre importações.

A secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, mencionou que mais de 75 países buscaram os EUA buscando negociar tarifas comerciais. Ela expressou otimismo em relação a possíveis acordos em um futuro próximo, destacando a abertura dos EUA para negociar com a China, reforçando que a decisão está nas mãos chinesas.

No cenário nacional, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) divulgou a meta de superávit primário de 0,25% do PIB para 2026, com uma banda de 0,25 ponto percentual. A previsão é que o governo central alcance um superávit primário de R$ 38,2 bilhões no ano.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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