No ato pela anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, na Avenida Paulista, Jair Bolsonaro expressou sua esperança em obter ajuda internacional e mudanças na composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) visando reverter sua inelegibilidade e concorrer à eleição presidencial em 2026.
Ele criticou as decisões do TSE durante as eleições de 2022, alegando ter sido alvo de um golpe judiciário para favorecer o presidente Lula. Bolsonaro apostou em uma alteração no cenário com a nomeação de André Mendonça, indicado por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF), como futuro presidente da Corte eleitoral.
“No próximo ano, o TSE terá uma composição completamente imparcial e poderemos confiar nas eleições”, afirmou Bolsonaro.
Além disso, ele mencionou a expectativa de apoio internacional, em especial após a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, com quem mantém afinidade.
O ex-presidente destacou a ausência de seu filho, Eduardo Bolsonaro, no evento, ressaltando sua conexão com pessoas influentes nos Estados Unidos e a importância dessas relações.
Bolsonaro ainda mencionou o julgamento de Filipe Martins nos EUA e sua decisão de sair do Brasil como fator determinante para sua segurança, insinuando que, caso estivesse no país, poderia ter sido preso ou assassinado em janeiro de 2023.
“O golpe deles só não foi perfeito porque no dia 30 de dezembro de 2022, eu saí do Brasil. Algo me avisou que alguma coisa ia acontecer”, afirmou ele.
O discurso também abordou a perseguição judicial à direita globalmente, reforçando a narrativa de influência externa em questões políticas internas. Bolsonaro criticou o ativismo judicial e apontou casos de interferência em outros países.
Em relação ao TSE, Bolsonaro questionou a decisão que o tornou inelegível, associando-a a um suposto cerceamento da democracia. Ele mencionou ainda a inelegibilidade de Ronaldo Caiado e outros políticos, indicando um suposto viés anti-direita para as eleições futuras.
O ato bolsonarista na Avenida Paulista contou com a presença de diversos governadores e lideranças do campo conservador, em uma manifestação que reivindicava a anistia dos condenados pelo atentado de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
O discurso de Bolsonaro foi o ponto alto do evento, com destaque para suas projeções futuras e críticas à dinâmica política atual.
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