Em baixa, ato com Bolsonaro na Paulista atrai 55 mil, projeta Datafolha

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No último domingo, o público presente no ato liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na avenida Paulista, em São Paulo, para apoiar o projeto de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro, foi estimado em 55 mil pessoas, conforme levantamento do Datafolha.

O Datafolha utilizou imagens aéreas captadas às 15h42, horário considerado de pico, durante o discurso do ex-presidente na capital paulista, para realizar a estimativa. A manifestação ocupou aproximadamente três quarteirões da avenida, compreendendo o trecho entre a alameda Ministro Rocha Azevedo e a rua Pamplona.

Com uma área total de 30 mil metros quadrados, a concentração de pessoas foi classificada pelo Datafolha em três níveis: alta densidade, média densidade e dispersão, com base nas imagens aéreas do evento. A contagem variou de uma a quatro pessoas por metro quadrado, havendo áreas com espaços vazios e concentração inferior a uma pessoa por metro quadrado.

Comparativamente, a medição realizada pelo Datafolha na manifestação bolsonarista de 16 de março em Copacabana, no Rio de Janeiro, apontou a presença de 30 mil pessoas, correspondendo a apenas 3% da expectativa do ex-presidente, que almejava 1 milhão de participantes.

Desta vez, não houve divulgação por parte da organização do evento ou do próprio Bolsonaro em relação à estimativa de público na avenida Paulista.

Outra análise realizada pelo Monitor do Debate Político do Cebrap e pela ONG More in Common contabilizou a presença de 44,9 mil pessoas no ato deste domingo na Paulista. A contagem, realizada às 15h44 por meio de fotos aéreas e sistemas de inteligência artificial, também registrou a presença de 18,3 mil pessoas em Copacabana em 16 de março.

No evento de domingo, os apoiadores começaram a se reunir desde a manhã próximo ao Masp. Bolsonaro chegou à avenida por volta das 13h45 e o ato teve início às 14h. Além do ex-presidente, estiveram presentes a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e seus filhos Carlos, Flávio e Jair Renan.

Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do cargo de deputado federal e se mudou para os Estados Unidos, foi mencionado pelo pai em seu discurso. “Hoje faltou um filho meu aqui. O 03. Fala inglês, espanhol e árabe. Tem contato com pessoas importantes lá nos Estados Unidos”, afirmou Bolsonaro.

O ato também contou com a presença de autoridades e sete governadores, sendo quatro deles considerados potenciais candidatos à Presidência em 2026, diante da possível inelegibilidade de Bolsonaro. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também discursou no evento.

Um dos símbolos da manifestação foi o batom, em referência à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por pichar a estátua “A Justiça” em frente ao STF com batom, episódio que foi utilizado pelos apoiadores de Bolsonaro como crítica às penas aplicadas aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Muitas pessoas compareceram ao evento empunhando o cosmético.

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