Em um gesto simbólico para marcar os primeiros 100 dias de seu segundo mandato, o presidente Donald Trump promoveu um culto na Casa Branca que reuniu cerca de 100 líderes religiosos vindos de diversas regiões dos Estados Unidos. O evento foi marcado por momentos de oração, louvor e reafirmação da fé como um dos pilares do atual governo.
A iniciativa foi articulada por Paula White-Cain, conselheira espiritual próxima de Trump e responsável pelo Escritório de Fé da Casa Branca, em parceria com Jennifer Korn, que também teve participação ativa em administrações anteriores. Ambas desempenham papéis centrais na estratégia de aproximar o governo federal das comunidades religiosas conservadoras.
Apesar dos esforços de comunicação e aproximação com a base evangélica, os índices de popularidade do presidente continuam em baixa. Segundo pesquisas recentes, apenas 41% da população aprova a gestão de Trump — o patamar mais baixo registrado por um presidente nos primeiros 100 dias de governo desde Dwight Eisenhower, que assumiu o cargo em 1953.
Comparado a fevereiro, a aprovação sofreu uma queda de sete pontos percentuais, sendo que apenas 22% dos entrevistados manifestaram apoio firme ao atual governo, enquanto 45% disseram desaprovar fortemente sua condução presidencial.
Desde a reeleição, Trump tem adotado uma linha ainda mais direta na defesa de pautas conservadoras. Entre suas prioridades estão o endurecimento das políticas migratórias, cortes em gastos públicos e ações em prol da proteção das mulheres no esporte. No entanto, é a religiosidade que tem se tornado uma marca mais evidente da nova fase do governo.
Em diversos momentos, o presidente tem dado visibilidade à fé cristã como um norte para suas decisões. Logo na primeira reunião de gabinete do novo mandato, uma oração abriu os trabalhos. Durante a Semana Santa, Trump intensificou os gestos simbólicos, promovendo atos religiosos dentro da própria Casa Branca, incluindo um culto exclusivo para os funcionários da sede presidencial. O Escritório de Fé, agora mais estruturado, passou a funcionar próximo à Ala Oeste, coração do poder executivo.
Entre os participantes do culto estavam nomes proeminentes do meio evangélico, como os pastores Josh Howerton (Igreja Lakepointe, Texas), Ryan Visconti (Generation Church, Arizona) e Russell Johnson (The Pursuit NW, Washington). O pastor Jeff Audas, também presente na cerimônia, exaltou o papel de Paula White-Cain: “Ela tem sido a principal voz em defesa dos pastores em todo o país”, declarou.
O culto, mais do que um ato religioso, se configurou como uma clara demonstração de que a administração Trump pretende manter firme o apoio da comunidade cristã conservadora, que continua a representar uma força política significativa nos Estados Unidos. Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre o papel da fé na política atual.
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