O cantor e empresário Emicida encontra-se em meio a uma contenda financeira com seu irmão mais novo, Fióti, que tem origem em um desvio de R$ 6 milhões da empresa que ambos administram, o Laboratório Fantasma. Em um desdobramento judicial que está em curso, Emicida acusa Fióti de desviar essa quantia expressiva.
Após identificar as irregularidades, Emicida optou por revogar uma procuração que concedia a Fióti autoridade para gerir a empresa, bloqueando o acesso dele às finanças do Laboratório Fantasma. Fióti, por sua vez, buscou reparação na Justiça para restabelecer seu acesso e impedir que Emicida realize novas transações ou assuma total controle da empresa publicamente.
A defesa de Fióti alega que as alegações de desvio carecem de fundamento, argumentando que as retiradas representavam lucros legítimos a que ele tinha direito, comunicadas anteriormente por e-mail a Emicida. Além disso, apresentaram documentação que supostamente comprova a distribuição de lucros no valor de R$ 2 milhões para ambos.
Por outro lado, os advogados de Emicida afirmam que ele se deparou com uma transferência de R$ 1 milhão para Fióti em janeiro deste ano, o que o levou a investigar e descobrir outras retiradas ao longo de nove meses, totalizando os R$ 6 milhões desviados. De acordo com o contrato societário, Emicida detém 90% das ações da empresa, enquanto Fióti possui 10%.
Além das questões financeiras, Emicida também questiona a prestação de contas de sua carreira artística, evidenciando que a maior parte do faturamento do Laboratório Fantasma advém de seu trabalho musical. O rapper alega que seu irmão considerava insuficientes seu salário executivo de R$ 40 mil e sua participação societária, o que contribuiu para o atrito entre eles.
O rompimento entre os irmãos veio à tona recentemente, porém os desentendimentos não são recentes. Embora tenham concordado em separar suas atividades no final do ano passado, a descoberta das irregularidades financeiras por Emicida em janeiro deste ano precipitou o afastamento definitivo de Fióti da empresa.
Os embates entre os irmãos se tornaram públicos em reuniões com colaboradores, nas quais divergências foram expostas. Emicida, então, decidiu pelo afastamento de Fióti da gestão, culminando em um desentendimento público entre eles. A saga de desavenças entre os irmãos parece longe de um desfecho amigável, evidenciando a complexidade da relação entre ambos.
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