Neste domingo (13), mais de 13 milhões de equatorianos se preparam para eleger um novo presidente em um ambiente tenso e dividido. Enquanto o atual presidente, Daniel Noboa, busca a reeleição em meio a uma crise de segurança, a advogada de esquerda Luisa González disputa o poder, buscando resgatar a herança política do ex-presidente Rafael Correa.
O clima eleitoral é marcado pelo estado de exceção declarado em sete províncias e na capital, Quito, em resposta à crescente violência ligada ao tráfico de drogas. Com duração de 60 dias, a medida foi anunciada um dia antes do segundo turno das eleições presidenciais.
Para garantir a segurança durante as eleições, o Equador restringiu a entrada de estrangeiros nas fronteiras com a Colômbia e o Peru. Desde 2024, o país está em estado de conflito armado interno, permitindo que as forças armadas atuem contra organizações criminosas ligadas ao narcotráfico. A violência em ascensão no Equador, impulsionada pelo tráfico de drogas, resultou em um aumento significativo nos homicídios, tornando o país o mais perigoso da América Latina.
As campanhas eleitorais têm sido intensas, com acusações mútuas entre os candidatos. Noboa sugere vínculos entre o partido de González e organizações criminosas, enquanto a candidata de esquerda traz à tona investigações que ligam a família do atual presidente ao tráfico de drogas. Além disso, a situação econômica precária do Equador desempenha um papel crucial, com o país enfrentando dificuldades econômicas e um aumento da pobreza, levando muitos eleitores a clamarem por políticas de bem-estar social.
O apoio dos jovens e da população indígena será decisivo, especialmente em centros urbanos como Quito e Guayaquil. González busca construir uma ampla coalizão, incluindo grupos indígenas, enquanto Noboa utiliza as redes sociais para se aproximar do eleitorado jovem. Embora o presidente tenha manifestado preocupações com possíveis irregularidades no processo eleitoral, o Conselho Nacional Eleitoral negou a existência de fraudes.
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