O Nordeste se destaca como a região mais favorável à diminuição da jornada de trabalho no Brasil. Segundo pesquisa da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, 74% dos nordestinos são a favor da redução, em comparação com 19% que se mostram contrários. Em âmbito nacional, 65% apoiam a medida, enquanto 27% são contra.
O Sudeste figura em segundo lugar, com 66% de apoio à redução. No Norte, a taxa cai para 59%. No Centro-Oeste, o índice é de 57%, e no Sul, chega a 56%.
Opinião sobre a PEC 6×1
A Proposta de Emenda à Constituição, que visa diminuir a carga horária de trabalho de 44 para 36 horas semanais, conta com mais adeptos do que opositores em todas as regiões. Tanto no Nordeste quanto no Sudeste, 67% da população é favorável à PEC 6×1.
O Centro-Oeste possui 57% de concordância, enquanto no Norte são 60%. Já no Sul, a medida é menos apoiada, com 55% de favorabilidade.
Opinião sobre o impacto econômico da redução da escala 6×1
Quanto ao impacto econômico da redução da jornada de trabalho, a opinião dos brasileiros se divide. A nível nacional, 40% acreditam nos benefícios, 27% preveem prejuízos e 27% não veem diferença.
Nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte, predominam ideias positivas (43%, 42% e 34%, respectivamente), enquanto no Sul e Centro-Oeste a perspectiva é mais negativa (35% em ambas).
Setores mais afetados
O advogado especialista em Direito do Trabalho, Thiago Baptista de Oliveira, destaca que os setores mais afetados pela redução da jornada seriam Comércio e Serviços, como hotéis, bares e restaurantes. Isso acarretaria em altos custos operacionais para as empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, e pressões para manter a produção e serviço.
A Indústria também seria impactada, com um possível custo de R$ 115,9 bilhões anuais, segundo estudo da Firjan. Reduzir para 40 horas semanais resultaria em perda de 2,6% da renda da economia; para 36 horas, a perda aumenta para 7,4%.
O que é a escala de trabalho 6×1
A escala 6×1 consiste em trabalhar por seis dias e folgar em um. Adotado no Brasil desde 1943 com a CLT, o modelo de 44 horas semanais foi mantido após a Reforma Trabalhista de 2017, visto como forma de conciliar a carga horária semanal.
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